terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Personagens do folclore brasileiro

 Ilustração. O fundo é composto por contornos da bandeira do brasil na cor branca sobre tela em verde-claro. Na frente do fundo, a Turma do Plenarinho interage com personagens do folcore brasileiro. Da esquerda para a direita: Cida sorri ao lado de uma grande serpente verde sorridente. Adão olha para a serpente e brinca com ela com uma das mãos levantadas. Zé Plenarinho está com uma das mãos no ombro do Sacio-pererê: um menino negro de uma perna só, que veste apenas um calção vermelho e um gorro pontudo vermelho. Do lado do Saci, está o Curupira: um menino de cabelos espetados cor de laranja, olhos verdes, sem camisa e com os pés virados para trás. Com a mão no ombro de Curupira, Vital sorri. Ana Légis olha admirada para Xereta que está montada em uma Mula-sem-cabeça. A mula tem o corpo marrom e do pescoço saem chamas em tons de amarelo e laranja. Atras da turma, Lobisomem sorri e brinca com Edu Coruja. Lobisomem é um grande lobo marrom de olhos verdes em pé sobre as duas patas traseiras.

Um menino que só tem uma perna, fuma um cachimbo e usa um gorro vermelho. Um jacaré gigante que atormenta as crianças e uma mula que expele fogo pelo pescoço. Conhecem esses estranhos personagens? Eles fazem parte do riquíssimo folclore brasileiro. 

Para prestigiar nossa cultura, em 22 de agosto é comemorado o Dia do Folclore. Algumas histórias desses mitos e lendas variam de acordo com as diferentes regiões do Brasil. Isto porque cada personagem do folclore possui sua própria história e características diferentes. Será que você os conhece?

Saci-Pererê

Há quem diga que o Saci-Pererê é criação dos povos indígenas da Região das Missões, no Sul do País. Verdade ou não, o fato é que o menino negro deIlustração. Menino negro, de um perna só, short e gorros vermelhos. Não usa camisa e nem sapato. Está com os braços escondidos atrás das costas e tem um olhar de danado. uma perna só e gorro vermelho é uma das figuras mais conhecidas do folclore brasileiro. Saci está sempre com seu cachimbo, pulando para lá e para cá ou voando em um redemoinho. Seu passatempo é pregar peças nas pessoas. Ele adora, entre outras travessuras, esconder objetos (que dificilmente são encontrados novamente) ou confundir as pessoas e fazer com que se percam.

Cuca

Quem nunca ficou com medo de ser raptado ao ouvir a cantiga “Nana neném que a Cuca vem pegar…”?

A lenda da Cuca surgiu na Península Ibérica, onde ficam Espanha e Portugal. Lá ela era chamada de “Coca” e tinha a forma de um dragão. Acredita-se que a lenda tenha viajado até o Brasil na época da colonização portuguesa. Mas fama, mesmo, ela ganhou muitos anos depois, nas histórias do Sítio do Pica Pau Amarelo, de Monteiro Lobato.  Associada ao bicho papão, a figura da Cuca é usada para fazer medo às crianças que não obedecem seus pais e não querem dormir.

Curupira

Ilustração. Menino de pele morena, cabelo vermelho, olhos verdes e pés virados para trás. Está segurando uma flecha. Usa um colar e uma saia marrom feita de penas. Defensor da natureza, o Curupira vive nas matas brasileiras, espantando quem quer destruir as matas. Para cumprir sua missão, a criatura de cabelos vermelhos e pés virados para trás emite sons e assovios que dão medo. É muito difícil encontrá-lo, pois, quando anda, suas pegadas vão marcando o caminho contrário que ele está fazendo.

Lobisomem

O nome já diz tudo. É a mistura de lobo com homem. Diz a lenda europeia que, quando uma mulher tem sete filhos e o oitavo nasce homem, este último será um Lobisomem.Ilustração. Xereta está montada numa mula sem cabeça. Do lugar da cabeça, sai

Ao longo do dia, ele é homem. A partir da meia-noite, nas noites de lua cheia, se transforma em um lobo enorme que anda sobre as patas traseiras. Ele se alimenta de sangue, e, segundo a mitologia, é violento.

Mula sem cabeça

Imagine uma mula – uma cria de jumento com égua – que, no lugar da cabeça, tem uma chama fortíssima. É a mula sem cabeça. A lenda explica a sua origem assim: trata-se de uma mulher que foi amaldiçoada por namorar um padre. Nas noites de quinta para sexta-feira, ela se transforma no animal e sai galopando na escuridão, assustando quem a encontra pelo caminho.

Boto

A lenda do boto tem origem na região Amazônica, onde é comum encontrar botos (mamíferos aquáticos parentes dos golfinhos) nos rios e igarapés.

Dizem que, nas noites de festa junina, na Amazônia, o boto sai do rio e transforma-se em um homem belo e atraente. Ele seduz as mulheres, as leva para o fundo do rio e as engravida.

Negrinho do Pastoreio

Depois de ter sido injustamente acusado de perder um dos cavalos do seu senhor, um menino escravizado teve que voltar ao pasto para recuperar o animal. Como não o encontrou, o patrão o fez passar a noite dentro de um formigueiro. No dia seguinte, o garoto estava livre, sem nenhum ferimento e montado no cavalo baio que havia sumido. Pela lenda, foi um milagre que o salvou. O Negrinho do Pastoreio é uma lenda típica da região Sul e o menino é considerado o protetor das pessoas que perdem algo.

Iara ou Mãe d’água

A Iara lembra muito as sereias que aparecem nas lendas de outros países. Da cintura para baixo, é peixe. Da cintura para cima, é uma mulher lindíssima, de longos cabelos, que canta e se penteia à luz da lua nos bancos dos rios. Dizem que ela atrai os homens para os rios e os afoga.

Boitatá ou cobra-de-fogo

A lenda do boitatá pode mudar bastante de um estado para o outro. Mas a descrição mais comum é de uma cobra enorme, com grandes olhos brilhantes e o corpo envolto em chamas.

No Sul do Brasil, contam que houve um grande dilúvio e que só uma cobra, que dormia em sua toca, escapou com vida. Quando acordou e saiu, a cobra deparou com os bichos mortos e, bem feliz, tratou de comer sua parte preferida: os olhos deles. No entanto, quanto mais comia, mais se enfraquecia – os olhos não eram nutritivos o suficiente para deixá-la saudável. Acabou morrendo e virou uma cobra que ilumina as noites da mata com o brilho de milhares de olhos.

Matinta Pereira

Esta é mais uma lenda que varia de acordo com a região do Brasil. De um modo geral, a Matinta é descrita como uma velha bruxa que, de noite, se transforma em um pássaro agourento (isto é, que anuncia más notícias). Ela se instala no telhado das casas e pia bem alto até que seus moradores digam, em voz alta, que ela passe no dia seguinte para ganhar fumo, comida ou bebida. De dia, já em sua forma humana, a velha senhora volta para cobrar as promessas. Se não receber o que foi ofertado, ela amaldiçoa os moradores.

Em alguns lugares do Brasil, a Matinta não vira pássaro – em vez disso, ela tem um, de estimação, conhecido como Rasga-Mortalha.

Caipora

Essa criatura fantástica é comumente confundida com o Curupira por também ser protetora dos animais e guardiã da floresta. Há quem a descreva como uma mulher indígena baixinha, de cabelos vermelhos e orelhas pontudas. Outros dizem que é um homem peludo, também baixinho. Armada com um bastão na mão, a Caipora percorre a floresta montada em um enorme porco do mato.

A Caipora gosta muito de fumar. Sabendo disso, caçadores a presenteiam com fumo de corda, que deixam perto do tronco de uma árvore. Assim, ela os deixará em paz naquele dia – desde que não cacem fêmeas prenhas (grávidas).

Mapinguari

Esse ser lendário seria o equivalente brasileiro ao pé grande. Peludo, gigantesco e fedorento, o Mapinguari tem garras compridas, braços muito longos, um só olho no meio da testa e uma boca enorme, cheia de dentes afiados, no lugar do umbigo. Ele se esconde nas florestas densas. Quando aparece, destrói tudo pelo caminho, assustando e devorando animais e até pessoas.

Corpo-seco

Mais conhecido em alguns estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil, o Corpo-seco é um morto-vivo que aterroriza quem cruza o seu caminho. A lenda conta que ele era um homem tão mau que, ao morrer, não foi aceito nem no céu, nem no inferno. Mesmo a terra não o recebeu. Por isso, não fica enterrado e seu corpo não se decompõe. Por outro lado, como não está vivo, não se alimenta, sendo só pele e osso. Suas unhas e cabelos nunca param de crescer, o que deixa a sua aparência ainda mais pavorosa.

Boiúna, Cobra Norato e Maria Caninana

São três criaturas míticas do folclore amazônico. Boiúna é uma serpente gigantesca que vive nas profundezas dos rios e tem o poder de controlar as águas, os peixes e os seres que vivem na floresta. Pode devorar pescadores, afundar barcos e, até mesmo, engravidar mulheres.

Foi assim que surgiram os gêmeos Cobra Norato e Maria Caninana, duas cobras enormes, filhas de uma mulher indígena que engravidou ao se banhar num rio ao luar. Maria Caninana era amargurada e cruel. Seu passatempo era causar destruição e aterrorizar banhistas, viajantes e ribeirinhos. Já o irmão, Cobra Norato, era generoso e heroico, e estava sempre salvando a vida de humanos e de seres aquáticos. À noite, transformava-se em um homem bonito e bem vestido e saía para se divertir em bailes – ele dançava muito bem.

Cobra Norato e Maria Caninana tiveram uma briga terrível e o irmão saiu vitorioso, matando a gêmea malvada. Depois disso, ele adquiriu forma humana permanentemente ao conseguir convencer um soldado de quebrar o encanto que o mantinha cobra de dia e homem de noite.

Este texto já foi atualizado várias vezes, atendendo a sugestões de plenamigos. Conhece algum personagem de que não falamos aqui? Conta pra gente, que atualizamos de novo!

 

Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura "plenarinho.leg.br - Câmara dos Deputados" e não seja para fins político-partidários

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Lista de moedas do Brasil - P2

 

Histórico das moedas brasileiras desde 1942

1942 - Cr$ - Cruzeiro

De 01/11/1942 a 12/02/1967
Um Cruzeiro equivalia a mil réis, ou seja,
1.000,00 réis = Cr$ 1,00

1967 - NCr$ - Cruzeiro Novo

De 13/02/1967 a 14/05/1970
Um Cruzeiro Novo equivalia a mil Cruzeiros, ou seja,
Cr$ 1.000,00 = NCr$ 1,00

1970 - Cr$ - Cruzeiro

De 15/05/1970 a 27/02/1986
Um Cruzeiro (após a extinção da expressão "novo")
equivale a um cruzeiro novo, ou seja,
NCr$ 1,00 = Cr$ 1,00

1986 - CZ$ - Cruzado

De 28/02/1986 a 15/01/1989
Um Cruzado equivalia a mil cruzeiros, ou seja,
Cr$ 1.000,00 = CZ$ 1,00

1989 - NCZ$ - Cruzado Novo

De 16/01/1989 a 15/03/1990
Um Cruzado Novo equivale a mil cruzados, ou seja,
CZ$ 1.000,00 = NCZ$ 1,00

1990 - Cr$ - Cruzeiro

De 16/03/1990 a 31/07/1993
Cruzeiro equivalia a um Cruzado Novo, ou seja,
NCZ$ 1,00 = Cr$ 1,00

1993 - Cr$ - Cruzeiro Real

De 01/08/1993 a 30/06/1994
Um Cruzeiro Real equivalia a mil Cruzeiros, ou seja,
CR$ 1.000.00=CR$ 1,00

1994- R$ - Real

De 01/07/1994 até os dias atuais
Um Real equivale a dois mil e setecentos e
cinquenta cruzeiros reais, ou seja:
CR$ 2.750.00=R$ 1,00

Lista de moedas do Brasil - P1

Esta é uma lista de moedas do Brasil.[1]

MoedaSímboloData/PeríodoGovernoPlano EconômicoLeiValor equivalenteCédulasMoedasInflação anual
Real português (plural: Réis)RPeríodo colonial até 7 de outubro de 1833
(303 anos)
Governos no período colonialAlvará S/N de 01/09/1808R 1$2000 = 1/8 de ouro de 22K20, 40, 80, 100, 200, 300, 400, 500, 1000, 2000500, 1$000, 2$000, 5$000, 10$000, 20$000, 50$000, 100$000, 200$000, 500$000 e 1:000$000
Real brasileiro (plural: Réis)Rs8 de outubro de 1833 a 31 de outubro de 1942
(109 anos)
Pedro II do BrasilLei N.° 59, de 08/10/1833Rs 2$500 = 1/8 de ouro de 22K
CruzeiroCr$1 de novembro de 1942 a 30 de novembro de 1964
(22 anos)
Getúlio VargasDecreto Lei n.º 4.791, de 05/10/1942[2]Cr$ 1,00 = Rs 1$000 (um cruzeiro corresponde a mil-réis)500, 1$000, 2$000, 5$000, 10$000, 20$000, 50$000, 100$000, 200$000, 500$000 e 1:000$00010, 20, 50 centavos, 1, 2, 5, 10, 20 e 50 Cruzeiros19,5%
Cruzeiro (retirada dos centavos)Cr$1 de dezembro de 1964 a 12 de fevereiro de 1967
(2 anos)
Castelo BrancoLei N.º 4.511, de 01/12/1964[3]Cr$ 1 = Cr$ 1,00500, 1$000, 2$000, 5$000, 10$000, 20$000, 50$000, 100$000, 200$000, 500$000 e 1:000$00025,02% (1967)
Cruzeiro novoNCr$13 de fevereiro de 1967 a 14 de maio de 1970
(3 anos)
Castelo BrancoDecreto-Lei N.º 1 de 13/11/1965[4]NCr$ 1,00 = Cr$ 1.0001, 5, 10 e 50 centavos e 1, 5 e 10 cruzeiros novos1, 2, 5, 10, 20 e 50 centavos40,1%
CruzeiroCr$15 de maio de 1970 a 14 de agosto de 1984
(14 anos)
Emílio Garrastazu MédiciResolução do Banco Central do Brasil N.º 144, de 31/03/1970[5]Cr$ 1,00 = NCr$ 1,001, 5, 10, 50, 100, 200, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 e 50.000, 100.0000.01, 0.02, 0.05, 0.10, 0.20, 0.50, 1, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500110,23% (1980)
Cruzeiro (retirada dos centavos)Cr$15 de agosto de 1984 a 27 de fevereiro de 1986
(1 ano)
João FigueiredoLei N.º 7.214, de 15/08/1984[6]Cr$ 1 = Cr$ 1,001, 5, 10, 50, 100, 200, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 e 50.000, 100.000
Cruzado

(volta dos centavos)

Cz$28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989
(2 anos)
José SarneyPlano Cruzado I, Fevereiro de 1986; Plano Cruzado II, Junho de 1987Decreto-lei N.º 2.283, de 27/02/1986[7]Cz$ 1,00 = Cr$ 1.00010, 50, 100, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 cruzados1, 5, 10, 20 e 50 centavos, 1, 5 e 10 cruzados
Cruzado NovoNCz$16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990
(1 ano)
José SarneyPlano Verão I, Janeiro de 1989 Plano Verão II, Maio de 1989Medida Provisória N.º 32, de 15/01/1989, convertida na Lei N.º 7.730, de 31/01/1989[8]NCz$ 1,00 = Cz$ 1.000,0050, 100, 200 e 500 Cruzados novos1, 5, 10, 50 centavos e 1 Cruzado novo
CruzeiroCr$16 de março de 1990 a 31 de julho de 1993
(3 anos)
Fernando CollorPlano Collor I, Março de 1990; Plano Collor II, Janeiro de 1991Medida Provisória N.° 168, de 15/03/1990, convertida na Lei N.º 8.024, de 12/04/1990 [9]Cr$ 1,00 = NCz$ 1,00100, 200, 500, 1.000, 5.000, 10.000, 50.000, 100.000 e 500.000 cruzeiros1, 5, 10, 50 centavos (reaproveitadas do cruzado novo), 1, 5, 10, 50, 100, 500, 1.000 e 5.000 cruzeiros764% (1992)
Cruzeiro RealCR$1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994
(0 ano)
Itamar FrancoTransição para o Real, Agosto de 1993Medida Provisória N.° 336, de 28/07/1993, convertida na Lei N.° 8.697, de 27/08/1993[10], e Resolução BACEN N.º 2.010, de 28/07/1993CR$ 1,00 = Cr$ 1.000,00CR$ 50, 100, 500, 1000, 5000 e 50.000CR$ 5, 10, 50 e 10060%
Real

(BRL, moeda moderna)

R$Desde 1 de julho de 1994

(28 anos)

Itamar FrancoPlano Real, Julho de 1994Lei N.° 8.880, de 27/05/1994[11] e Lei N.º 9.069, de 29/06/1995 [12]R$ 1,00 = CR$ 2.750,00R$ 1 (descontinuada)R$ 2R$ 5R$ 10R$ 20R$ 50R$ 100R$200R$ 0,01 (descontinuada)R$ 0,05R$ 0,10R$ 0,25R$ 0,50 e R$ 12,95% (2017)

Ver também

Referências